terça-feira, dezembro 18, 2007

Tempo... tempo...



Inspiração

Meus livros enchem a casa, por onde olho, não vejo espaço. A cada dor uma palavra, todo dia mil palavras.

Hoje aqui sentada não me vem inspiração, não vou falar de dor.

Essa dor que enche as páginas dos livros que leio, dos livros que escrevo, enche meus olhos e cada parte do meu mundo.

Cadê a inspiração que não vem? Quero falar de amor, mas minha inspiração só traz dor. Penso em uma mulher sentada às 3 da manhã, ou deitada em sua cama, olhos vermelhos, travesseiro molhado, buscando o sono que não vem.

Olho meus livros empilhados em cada canto, mas a inspiração não vem, os olhos da mulher ficam cada vez mais vivos diante de mim, olhos tristes, olhos de dor. Mas não posso falar de dor em mais páginas de livros que escrevo.

Dessa vez quero escrever colorido, mas não tenho inspiração. A felicidade me é estranha e não sei descrevê-la, talvez nunca a tenha conhecido, para assim expressá-la nessas páginas que escrevo.

A dor me é natural, e os olhos cada vez mais vermelhos daquela mulher é familiar, talvez sempre os veja no espelho ao me olhar.

Michele Mesquita


Bjinhos!

sábado, dezembro 08, 2007

"A hora me lembra o tempo que se perdeu... "



Você

A chuva forte, da minha janela o mundo se avista, carros apressados, pessoas correndo, barulho, vozes, tudo acontecendo, tudo passando, só não vejo você, nem ouço sua voz, tudo passa pra mim, menos você.

A loucura que é esse telefone que não toca, o e-mail que não chega, você que não bate na minha porta. Quero te ver entrar, quero nossas brigas, quero seus gritos nervosos dizendo que me odeia, que nunca mais quer me ver.

Tudo que eu preciso agora é de você aqui, só não me diga que não vem. Eu posso agüentar tudo, seus olhos cheios de raiva, sua voz rasgando o silêncio, mas não me faça suportar sua ausência. Não diga que tudo acabou.

Dessa vez você foi sem dizer nada, me matando com seu olhar, deixando o som da chuva a me torturar e ainda não voltou e nem voltará. Você desistiu de tentar e foi pra outro lugar. Nunca te disse que podia me deixar, nem disse pra me abandonar. Você partiu sem olhar pra trás e eu a esperar você ligar. Vou me acostumar ao silêncio que você deixou e que nunca mais voltará pra levá-lo com você.

Bjinhos!

domingo, dezembro 02, 2007

\o/


Atitudes

O fim sempre vem. Nossas atitudes guiam nossas vidas por caminhos que escolhemos.

Quando nossas vidas se encontram, tentamos fazer com que nossas atitudes nos leve pelo mesmo caminho, sem saber que embora nós caminhemos juntos, escolhas diferentes nos farão felizes.

Minha vida tem marcas deixadas por todos que amei e ainda amo. O verdadeiro amor nunca morre, ele simplesmente passa a existir de outra forma, se transformando a cada momento e mudando sempre, como tudo na vida. Reconhecer o amor não é fácil, mas deixar passar despercebido não dá.

Nunca podemos esperar que os outros escolham o que nos fará feliz, só depende de nós, só eu posso buscar a felicidade que quero conquistar.

Reconhecer o que nos faz feliz traz desafios, nos iludimos com o que nos dá momentos de êxtase. Todos os momentos que me deram alegria formam um passado feliz. Os futuros momentos felizes, os presentes momentos... Trarão-me lembranças felizes um dia, ou talvez não.

De mim depende as escolhas que se tornam atitudes que podem ou não ser boas. O amor e a felicidade nem sempre caminham juntas, mas de maneira isolada se completam mutuamente.

Em busca de momentos felizes amamos, choramos e sorrimos e esses momentos formam nossas vidas e deixam marcas de pessoas que cruzaram suas vidas com as nossas e de atitudes que separaram-nos.


Bjinhos!

quarta-feira, novembro 28, 2007

>< ><



Meu tempo hj tá curto, muita coisa pra fazer, então aí vai o texto e não sei se terei tempo no próximo mesmo pra atualizar, mas podem visitar mesmo assim =p

Lucidez

Olho profundamente a água no fundo do poço, esse vento que não pára, agitando as folhas pelo chão, um céu cinzento anunciando a tempestade. Dentro de mim tudo já está inundado e essa tempestade não tem fim, a escuridão já cobriu meus olhos.

Meus passos arrastados, afastando as folhas pelo caminho, os pés descalços pisando a areia e deixando marcas de um mundo perdido, em uma cabeça perdida, em uma menina perdida, uma criança perdida...

Vejo esses pássaros voando ou são anjos me guardando? A palma da mão cortada, um livro jogado ao lado, palavras brotando no meu pensamento, gritos abafados no meu peito, um frio me percorrendo a espinha, gotas de sangue escorrendo, o céu perdendo sua tonalidade cinza, de repente está púrpuro e brilhante diante de mim, flores caídas entre as folhas, flores mortas, aqui tudo é sem vida.

Continuo a caminhar sem sentidos no meio do nada, olhos famintos me cercam, sons irreconhecíveis e estou de volta ao poço, olhando fixamente suas águas calmas, me transportando a tranqüilidade de um lago com águas imóveis.

Quando me afasto do poço, já não o vejo, nem flores sem vida, nem anjos, o céu está novamente cinzento e não tem sangue no caminho, por um breve momento retornei a lucidez, mas o poço dos sonhos me puxa sempre a realidade de uma mente perdida.

Michele Mesquita


Bjinhos!

domingo, novembro 25, 2007

Olá =]



As vezes eu escrevo umas coisas que ficam foda =p
Ficou bom demais... haha
Podem ler pra comprovar:

Arrepio

Uma simples aproximação me arrepia. Seu olhar me aquece. Seu corpo perto do meu, faz meu coração acelerar, parecemos feitos um para o outro, estive sempre buscando seu corpo perfeito para o meu, quando nos abraçamos e nossos corpos se juntam em um encaixe perfeito, um estremecimento fascinante, nosso suor se misturando, nossas pernas entrelaçadas e você me pedindo mais.

Eu gosto do que você faz. Um gosto ácido na minha boca, nossas salivas se misturando, nossa pele transpirando, meu corpo no seu, nossos pêlos se arrepiando.

No chão, na cama, contra a parede, deixamos nossas marcas, de lado, deitados, em pé, nossas línguas não param, seu gosto salgado e eu te lambuzando.

Eu quero e quero agora o delírio que o seu corpo me dá. Se meu desejo quer, eu faço. Vou até onde você permitir, minha língua buscando sua pele, essas mordidas excitantes, arranhões, chupões, apertões que deixam marcas no seu corpo todo e no meu. Beijos intermináveis. Arrepios percorrendo o corpo. Se você pedir, eu bato, eu mordo, enquanto ouço seus gritos e rasgo sua pele. Dizem que depois dos 12 anos, arrepio passa a se chamar tesão. Será o que sentimos quando estamos entrelaçados sob os lençóis?

Michele Mesquita

Bjinhos.

sábado, novembro 24, 2007

By Mi



Perdão

A maior dificuldade pra todos nós e saber como agir, saber o que fazer. Tomar atitudes certas, na hora certa... Afinal, temos que está sempre fazendo escolhas e como saber que decisão tomar? Como saber em que lado ficar?

Os erros fazem parte da vida, sempre, por isso todos merecem sua segunda chance é só vivendo e errando que aprendemos o que é certo. Acertar sempre é uma coisa tão fora de alcance. Que graça teria a vida se tudo sempre desse certo?

Aprender a viver com os erros e dificuldades é nosso maior desafio, as vezes impossível pra muitas pessoas aceitarem seus erros e aceitarem que todos nós somos imperfeitos.

Como me sinto perdida quando erro, queria acertar sempre, mesmo sabendo que isso é impossível e que talvez nem me fizesse feliz. A vida é um mistério a cada segundo e isso faz da vida interessante. Atitude correta nem sempre nos faz feliz, ou traz os resultados que gostaríamos.

O pior é quem não sabe dar uma segunda chance, esse benefício devia ser parte de nossa natureza, de nosso dever, aceitar as pessoas como são, dando sempre uma segunda chance, porque os erros estarão sempre na vida de cada um de nós. E no dia que eu precisar da minha segunda chance, gostaria de tê-la. Se passássemos a pensar nos outros, como pensamos e nós, seríamos mais racionais. O que quero pra mim, quero pro meu “irmão”. Seria mais simples, mais bonito. Mas na realidade isso não acontece, não acontece comigo, não acontece com você, será que acontece com alguém? Pensar nos outros, como se fossem nós mesmos? Pensar em todos como irmãos?

O ser humano tem sua natureza egoísta, e só vê a realidade quando sofre na pele. Por isso existem os erros, só assim enxergamos as coisas com clareza e de forma objetiva.

O que não quero pra mim, não quero pro meu “irmão”, um pensamento tão simples, mas tão difícil de cumprir. No momento que estiver na natureza de todos nós essa filosofia. Sempre haverá “pros erros o perdão”.


Michele Mesquita.


Bjinhos.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Oieeeee =]



Tempinho sem postar aqui. Mas estou de volta =p


Vida

Nessa prisão em que vivo, estou gritando, mas ninguém me ouve. É um grito desesperado e a cada momento mais alto, ninguém me escuta e eu continuo presa, uma prisão que criei dentro de mim mesma.

Em alguns momentos me perco e não sei se estou trancada dentro do que sou, me sinto presa mesmo fora de mim e a todo o momento tentando fugir, por medo do mundo, medo do que posso me transformar aqui fora, eu me tranquei lá dentro e quero continuar. É onde me sinto segura, onde posso flutuar. E lá das alturas, caí aqui fora.

Não é possível fugir para sempre desse lado, do desconhecido. Eu queria correr e me trancar novamente lá onde tudo é natural. Mas chegou a hora de me libertar e conhecer esse mundo, depois de tanto tempo presa por mim mesma.

Meus gritos já não me libertam, ninguém nem ao menos os escutam, sou mais uma na multidão, procurando sentido para as coisas que não entendo e que certamente nunca entenderei.

Mas dentro de mim não posso mais ficar. Agora corro pro desconhecido como uma criança indefesa aprendendo a viver, descobrindo tudo, encantada. E assim é a vida, uma descoberta a cada esquina, temos que viver sem medo e sem querer nos trancar dentro de um mundo que não existe. A vida é uma surpresa a cada momento e assim deve ser vivida.

Bjinhos!

sábado, novembro 17, 2007

Lalala



Verdade?

A mentira se apresenta em tantas formas, destrói de tantas maneiras diferentes. Há aquelas mentiras para não magoar, que é uma das piores mentiras, pois quando a verdade é descoberta a mágoa é ainda maior e a verdade é sempre descoberta.

Há também a mentira originada pela falta de caráter, aquela que sempre vem de quem gosta de enganar e fingir, esse tipo de mentira sempre aparece e a verdade se sobrepõe.

Quem engana outra pessoa, acaba enganando a si próprio. Digamos que eu minta para não ferir alguém por quem eu tenha carinho e quando a verdade vem à tona essa pessoa passa a me odiar mais do que se tivesse descoberto a verdade antes, aí quem mais se enganou, ele ou eu? Quando enganamos e mentimos o mais prejudicado somos sempre nós mesmos. Perdemos o carinho, perdemos o respeito, porque a mentira derruba tudo por onde passa.

A pior de todas as mentiras é a que contamos a nós mesmos e que acabamos acreditando. Quando a verdade aparece nos decepcionamos, mas sem nos dar conta que foi por culpa do que criamos. Afinal percebemos que a mentira sempre acaba em verdade.


Bjinhos!

quarta-feira, novembro 14, 2007

... Oi ...



Nosso momento

Esse é o nosso momento. Hoje e agora, temos apenas essa chance, apenas esse tempo, logo nosso instante irá passar.

Quantas vezes perdemos a chance de viver nossos momentos felizes por medo. Não quero pensar se teremos 10 anos ou apenas 10 segundos. Só quero vivê-los intensamente e lembrar para sempre, lindas lembranças.

Tocarei-te apenas uma vez, mas nunca morrerei pensando como é o calor da sua pele.

Quero-te tanto que tenho medo de te ter apenas por um instante, quero mergulhar nos seus braços para sempre, afundar no seu olhar e ali morrer. Mas vou viver os segundos que temos, porque nosso momento é agora e ele não vai esperar.

Então você e eu estaremos em lados opostos, mas nos lembraremos sempre desse momento e nos amaremos o resto de nossas vidas, sonhando em mergulhar novamente nos braços um do outro e mesmo longe, nos amaremos desejando que tudo houvesse sido diferente.

Mas teremos sempre algo nosso, algo para lembrar: o nosso momento.

E aqueles segundos trouxeram felicidade para o resto de nossas vidas, sem esses instantes nunca suportaríamos a distância. Nossa felicidade naqueles segundos nos deu força para o resto de nossas vidas. Devemos fugir do medo que nos impede de viver esses momentos que nos farão felizes por toda uma vida.

Bjinhos!

domingo, novembro 11, 2007

Ain ain =p



Um sonho de amor

Adormeci e ao longe ouvia sua voz. Quando afundei nos meus sonhos te vi de maneira tão clara chegando até mim. Consegui até sentir seu perfume, seu calor. Você se aproximando de mim, suas mãos deslizando tão quentes e macias, até o instante em que você se abaixou e beijou meus olhos, meu nariz, meu pescoço, beijou-me com tanta doçura e no meu ouvido sussurrou palavras quentes, mas que com sua voz excitante me acalmaram. E envolta em toda aquela escuridão, eu te senti com tanta intensidade, ao abrir meus olhos, vi seu sorriso inconfundível, seus lábios apaixonantes. Ah... Quanto tempo esperei pra sentir esses lábios nos meus. Cada traço desses lábios, que nunca saíram dos meus sonhos e que sempre esperei ver assim diante de mim, no meu quarto escuro em uma noite fria como essa. Sua pela clara, seu jeito de me seduzir, suas mãos tocando meu rosto, você sorrindo para mim.

Então te vejo afastando-se de mim e eu indo até você, quero entrar em você, acreditar que é real. Estou cravando minhas unhas nas suas costas, arrancando seus colares que me impedem de lamber seu pescoço. Então seus lábios estão bem diante dos meus e enquanto me aproximo desejando mais que a vida, pelo gosto desses lábios, sua imagem enfraquece, enfraquece, enfraquece e desaparece.

Olhando ao lado vejo o rádio e sua voz ainda ecoando nele. Despertei, mas seu cheiro ainda está em mim, de alguma forma você esteve aqui, sei que minhas marcas estão nas suas costas, como sua pele nas minhas unhas. Agora voltarei a adormecer para encontrar-te novamente ao som da sua voz.



Bjinhos à todos!

quarta-feira, novembro 07, 2007

By Mi



A gente, essa historinha ficou bem na cara que foi escrita por mim.
Eu adorei... haha... Espero que vcs que irão ler, gostem tb.


E é assim

Chega o dia em que algo muda toda uma vida. Aí aquele mundo perfeito, de bases sólidas desaba. É difícil entender como outra pessoa qualquer pode interferir nas nossas histórias. Veja você, que eu conheci um senhor e ele ainda atônito com sua vida, mesmo 50 anos após tudo ter acontecido e me contou a história dele.

─ Ah minha filha, eu tinha uma namorada perfeita, que chegou em minha vida depois de minhas tantas desilusões. Ela me acalmava, me divertia, me entendia e me amava tanto. Como era duro pra eu não conseguir sentir o mesmo por ela, nem ser para ela, o que ela era para mim.

Você conseguiu entender? O pobre senhor, minha gente, quando ainda era jovem, quis escolher a pessoa certa, acho que só agora, com a idade, ele percebeu que isso nunca seria possível.

─ Mas como eu ia dizendo, minha filha, eu fiquei com aquela moça perfeita, até que uma de minhas desilusões voltou, que engraçada e traiçoeira é a vida. Quando meus olhos cruzaram os dela, percebi que aquele amor nunca morreria. E ela que tinha me mandado às favas, hoje estava de volta dizendo que me amava e eu pensando “como essa vida é do caralho”. Agora só me resta mandá-la ver se estou na esquina. Mas você acredita que não consegui fazer isso, minha filha? E eu na flor da idade, com aquela filha da puta de volta, tendo que decidi entre quem fazia meu coração acelerar ou quem me trazia paz.

─ Está acompanhando, minha filha? Eu estava mais dividido que o mar vermelho; e se você me perguntar o que eu decidi, falo com aquela dúvida na voz até hoje, ou a minha menina que desiludiu, ou aquela que me acalmou. Estranho é que sempre escolhemos errado. Persistimos no erro que já nos feriu antes. Não é que escolhi ficar com o coração batendo forte. Pode acreditar, minha filha, foi isso que fiz; assim acabei me tornando desilusão para a moça que me acalmava o coração. E algum tempo depois o que não seria surpresa aconteceu, a filha da puta que mexia com meu coração foi embora. Aí, minha filha, eu penso... Ah se eu tivesse escolhido a que me trazia paz.

─ Acho melhor eu ir andando. Já esquentei sua cabecinha com minhas histórias de velho, boa sorte na vida, minha filha.

Depois que o senhor se foi eu fiquei pensando se essa história estava mesmo longe do presente. Nós sabemos, a dúvida existe sempre e teremos sempre novas versões sobre essas filhas da puta!

Bjinhos!

domingo, novembro 04, 2007

Eis o que sou...



Dentro de mim

Descobrir-me, encontrar-me, ser um pouco mais do que desejas. Dentro de mim vago perdida, sem encontrar uma saída, sem me livrar das próprias garras do que sou.

Eu sou um mundo infinito, eu sou apenas pó diante de tudo. Fico no meio de mim mesma sem saber se sou mar ou apenas uma gota na imensidão.

Dentro de mim, não me encontro, nem sei se um dia, aqui já estive. Diante de mim algo que não posso tocar, uma realidade de mim tentando me parar, só de dentro consigo ver, não quem eu sou, mas tudo que não sou.

Ao meu redor encontro-me também e estou por todos os lados e ao mesmo tempo em lado algum. Lugares que nunca estive, pessoas que nunca vi, de dentro de mim vejo um novo mundo, sem nunca saber se sou nuvem ou chuva, calou ou frio.

Daqui de dentro, do redor, ou até onde alcança minha ignorância, vejo que nada sou.

Não sou vento, nem tempestade e no momento que de dentro volto à realidade, eis que na verdade tudo escurece, então não sou sol nem lua. Nunca o serei, até que encontre o que quero ser e então não tenha mais dúvidas se sou muito ou pouco, mas a certeza de ser o que sou.

Bjinhos!

quarta-feira, outubro 31, 2007

Pobre menina, não tem ninguém... =p









































Engraçado, ontem quando escrevi esse texto, narrativa, historinha, ou o que seja... rs.. eu devia está prestando atenção em outras coisas, mas me veio esse assunto na cabeça, enquanto eu olhava pra janela esperando a hora de ir embora... kkkkkkkkk
Acabou saindo um pouco maior que eu esperava, mas ficou tão legal (pelo menos pra mim) que resolvi colocar aqui logo hj.
E pensando na Lia, acho que ela deveria pensar na segunda janela e esquecer a vista cinza, os amores vão e vem, mas o que Lia sentiu é só dela, ela também não devia se sentir culpada, pq a sinceridade e verdade fazem dela especial e do mentiroso uma pessoa digna de pena.
Acho que minha Lia um dia vai perceber isso... haha
Vamos ao texto:

Uma história de amor

Da janela ela avistava o horizonte, o vento balançava seus cabelos, em sua cabeça todos aqueles rostos tristes, ou era assim que ela os via.

Lia só enxergava dor, desde o dia em que seu coração se partiu. E daquela janela, Lia via o mundo com olhos de mágoa.

─ Nunca perdoarei a frieza do seu adeus, nem o momento em que jogou meu amor fora como se nada fosse.

Pobre Lia! Pobre menina que criou um amor, que sonhou e iludiu-se. Ela lembrava-se sempre, como uma voz que não se calava em sua memória:

─ Amo-te tanto, minha doce menina. Meu amor por ti é eterno e imutável.

E ela gritava para si mesma:

─ Burra! Acreditastes em palavras vazias.

Lia culpava-se por ter amado de verdade,por ter dado amor a quem não compreendia e pensava “talvez eu também não o compreenda”.

O amor de Lia era forte, intenso, bonito e acima de tudo verdadeiro, tão sincero.

Em sua cabeça havia apenas perguntas, mas nenhuma resposta para o motivo que teria levado uma pessoa a dizer o que não sentia, ou não entendia.

O amor não era simples de entender, mas Lia tinha certeza que não era possível que alguém se enganasse tanto em relação a ele. Quando se ama com verdade, o mundo nos parece perfeito, as cores mais vivas, os sabores mais gostosos e as palavras saem com facilidade e do fundo do coração. Com Lia as coisas foram assim, ela se sentia capaz de voar e era capaz de morrer por aquele amor, de esquecer o mundo, era como se ela não precisasse de mais nada, nem ninguém, aquele amor era como o ar em seus pulmões, era a razão que ela sempre procurou pra viver. Era uma certeza única, Lia sabia que não havia como se enganar. Lia ouviu palavras doces e que para seus ouvidos pareciam as mais sinceras do mundo.

Ela pensava “encontrei meu amor de todas as vidas”.

Lia nunca devia ter criado ilusões. No coração de Lia as mágoas maiores não seriam o abandono, mas as mentiras e as piores mentiras, a de quem diz amar sem realmente entender o que significa essa palavra.

Ao fechar os olhos, Lia culpava-se por ter acreditado e dizia bem alto:

É culpa minha! Eu não vi nos seus olhos a mentira quando me declarava o seu falso amor. O ato de iludir-nos é intrigante, como decifrar um falso olhar? Como não acreditar em quem nos diz a todo momento o tamanho de um amor que na verdade é falso, é um “amor de mentira”.

Era o que Lia tinha sempre em seu pensamento, ao mesmo tempo em que ela se culpava, ela se perdoava, por achar impossível encontrar a mentira em uma face límpida e falsa. Ela também se perdoava quando pensava em como é vazia uma pessoa que vive de mentiras, na verdade essas pessoas não entendiam o amor e como é maravilhoso ver o mundo com outros olhos, ver outras cores. Mas em seguida, a mágoa voltava ao coração de Lia e ela percebia que também assim ela via o mundo com outras cores, onde tudo era cinzento e todos os rostos tristes.

─ Se tivesse te visto e te amado sem uma palavra tua, mas tu me prometeu amor eterno. Se soubesses como é triste quem diz o que não pode cumprir, quem promete o amor que não tem para dar.

Só assim Lia descobriu que há ilusões que criamos depois de mentiras de outros, não apenas de sua própria fantasia. Ela culpava-o sempre por ter jurado amor de mentira, mas se culpava mais ainda. Sentia culpa por ter idealizado o que nunca existiu, culpa por ter aceitado restos de um amor irreal, culpa por ter continuado sonhando quando estava claro que o amor não existia.

E agora olhando dessa janela para um mundo cinza, Lia vai se culpando e se perdoando, dizendo que nunca mais irá amar, nem acreditar.

Pobre Lia, mais uma vez a iludir-se.

Tudo será diferente no dia que Lia acreditar nela, antes de acreditar que precisa de algo pra colorir seu mundo, ele já tem cores vivas, o que Lia precisa é entender que apenas ela partiu seu próprio coração, os outros somente fazem o que ela permite.

Bjinhos à todos e até a próxima!

domingo, outubro 28, 2007

Talvez...



Ondas

Cerca-me uma certa melancolia, um querer indecifrável. A minha volta ouço vozes, vejo luzes, mas esse mundo continua desconhecido. Pra onde quer que eu olhe é esse infinito que me envolve, forço meus olhos, mas não vejo o fim, só imensidão.

Um oceano que quer me afogar, por mais que eu nade, essas águas continuam a me derrubar, já não tenho forças pra nadar e deixo a água me levar.

Sou arrastada com tanta força e nem assim consigo sair desse pesadelo. E a cada noite e dia, novas ondas vêm pra me arrastar.

E a mesma melancolia volta junto com cada pesadelo, ou vida, ou o que quer que seja tudo isso que me atormenta e faz com que minhas noites sejam eternas, que minhas chuvas não passem, que as ondas não deixem de me arrastar a cada nova manhã que não vem.

Meus olhos se acostumaram a escuridão, meu corpo se acostumou a ser arrastado.

E aquelas luzes que um dia vi, não mais verei, pois irão ferir meus olhos e me cegar para sempre. E aquelas vozes que um dia ouvi, foram afastadas pelo silêncio que eu busquei, só ouço as ondas que me levam pro meu inferno particular.

Talvez sempre tenha sido cega e surda, meus olhos e ouvidos só captaram o que eu quis, o que me fez bem. Até o momento da onda de realidade me matar.



Bjinhos!

sábado, outubro 27, 2007

Escuro... rs



Noite

É nela que me sinto segura. Nas noites mais negras, assim me sinto como eu um filme, onde tudo está no lugar certo, do mesmo jeito que a lua no céu escuro.

Talvez a escuridão seja feita pra pessoas como eu, com seus toques de mistérios, com o medo que ela traz.

Muitos amam, outros odeiam os perigos que estão entranhados e nunca somem.

Mas só nas trevas podemos nos mostrar, só nela nossa face obscura aparece, cada um tem um pouco de escuridão em si.

A noite está dentro de mim, sua forma fascinante, seus segredos fazem o que sou.

Muitos de nós temos esses toques, escuros, negros, mas com alguns raios de luz, do mesmo modo que o céu tem a lua e estrelas, e mesmo a noite sendo assustadora, nos seduz.

Eu sou a noite. Você deveria ter um pouco dela também.



Bjinhos!

quarta-feira, outubro 24, 2007

EEEE chove no RJ



Hj não quis postar nada que eu escrevi, estou em um clima meio nostálgico e triste, acho que é a chuva que cai no RJ que me deixou assim, a chuva me mostra melhor o que sou, hj estou em um clima meio Robert Kincaid de ser =]
Aí resolvi postar um poema de um escritor que me inspira sempre, seus poemas parecem feitos pra mim.. huahuahuahua... sem falsa modéstia =p
Então, nesse clima Robert Kincaid, postarei um poema perfeito de Álvaro de Campos (quando crescer quero ser como ele).

Um beijinho especial pro meu pai, pra minha mãe e especialmente pra vc =p (não pro meu "pai" não, ele não merece... kkkk)


Insônia
Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.

Espera-me uma insônia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.

Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!

Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!

Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.

Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.

Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!

Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstração de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...

Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo exceto no poder dormir!

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.

Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exatamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exatamente. Mas não durmo.

Por Álvaro de Campos.

domingo, outubro 21, 2007

Espelho...




Reflexo

No meu reflexo, vejo sombras, não consigo me ver em meio à escuridão dessa imagem que vejo refletida, nela não me encontro.

Fujo das sombras desse espelho que me reflete. Fujo porque através dele vejo o que sou e talvez não seja desse reflexo ilusório que fujo, mas da realidade por trás do reflexo e a realidade sou eu.

Meu reflexo queima meus olhos, tenho medo do que sou e olhando dentro dos meus próprios olhos nesse reflexo profundo e enigmático vejo o que os outros podem ver e também não entendo o que meus olhos assustados querem dizer.

Mas não é apenas um reflexo sombrio, é uma pessoa sombria, se fosse apenas uma sombra dentro de um olhar, mas é real.



Bjinhos!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Paradoxos...




Inconsciência

Quando sou arrancada da minha inconsciência, clamo pela morte. Um desejo que me atormenta com violência.

Desejo que minha vida escorra de uma só vez, não dessa forma lenta, em doses fracas.

Somente na inconsciência eu descanso e afasto a morte que quer me arrastar, dilacerando minhas veias e deixando rastros do meu sangue pelo caminho.

Um sangue marcado pela minha amargura, que vai escorrendo até secar e não deixar marcas do que um dia eu fui.

Quero voltar pra minha inconsciência que me traz um segundo de paz, até que um dia ela se torne eterna, quando enfim minha última gota de sangue secar e eu deixar minha tormenta passar.

Bjinhos!

domingo, outubro 14, 2007

Nada =]



Infeliz

Sem essa dor, talvez nunca entenderia a felicidade.

Sem o meu lado cruel, você nunca entenderia como sou diferente do que pra você é normal.

Sem me perder, você nunca sentiria minha falta; nunca perceberia que talvez eu pudesse ser importante, assim como somente na escuridão sentimos falta da luz.

Eu nunca quis fazer de você infeliz e quanto mais tentei, mais o fiz. Tudo ao contrário se descobre.

No silêncio sentimos a falta das vozes... no mar, sentimos falta de terra. Distante sentimos vontade de está perto.

Assim vi como queria está junto de você. Você não quis me fazer infeliz e por isso fez.


Bjinhos!



Infeliz

Sem essa dor, talvez nunca entenderia a felicidade.

Sem o meu lado cruel, você nunca entenderia como sou diferente do que pra você é normal.

Sem me perder, você nunca sentiria minha falta; nunca perceberia que talvez eu pudesse ser importante, assim como somente na escuridão sentimos falta da luz.

Eu nunca quis fazer de você infeliz e quanto mais tentei, mais o fiz. Tudo ao contrário se descobre.

No silêncio sentimos a falta das vozes... no mar, sentimos falta de terra. Distante sentimos vontade de está perto.

Assim vi como queria está junto de você. Você não quis me fazer infeliz e por isso fez.

domingo, outubro 07, 2007

Não tenho nada pra escrever aqui =]




Ilusão

Quando o dia nasce nublado e eu vejo que nada foi o que eu pensei que fosse. Que eu deixei de ser o que era por uma idéia irreal, naquele dia que acreditei nas palavras que saiam de você como uma nova vida pros meus olhos.

Todas aquelas palavras que você me disse, que fizeram nascer em mim a certeza medíocre de ter você pra sempre. Fizeram nascer novos sonhos, e até uma nova realidade que eu criei através de você.

Em mim ao contrário de realidade, cresceram ilusões... tudo aquilo que você me fez acreditar, mas que não foi, nem nunca seria real.

E os dias nublados vieram a cada manhã, a partir do momento em que foram destruídas as ilusões que você mesmo criou e depois quebrou ao bater a porta quando partiu pela última vez, me deixando ali caída e finalmente descobrindo a ilusão em que estava mergulhada e da qual nunca quis sair, porque tinha me perdido e só achava você.

Quando aquilo que você sempre acreditou se quebra e suas ilusões são arrancadas de você, só resta aprender a andar novamente sem ter o mundo que você aprendeu a viver. Em um momento você era meu tudo e depois estou sem você e o que parece é que se está morrendo, pra nascer novamente sem ter aquilo que você sempre quis ter para sempre. A ilusão nunca poderá fazer de alguém mais feliz, mas quando essa ilusão é quebrada é uma dor inaceitável, criada por nossa própria fraqueza.


Bjinhos!

sábado, outubro 06, 2007

=]



Nosso final feliz!

A cada manhã te invento mais um pouco, a cada nascer do sol, a cada gota de chuva eu te remendo, te faço um pouquinho mais daquilo que me faz feliz, faço de você o que desejo, o que me satisfaz.

Em todos os nossos dias, eu vou acreditando na pessoa que eu inventei, te transformo no que você nunca será, mas isso... isso me satisfaz. Te quero do meu jeito, te quero a minha forma ideal.

Porque é meu prazer que está em jogo, é meu querer... tudo pro meu final feliz.

As mentiras que criei estão fortes dentro de mim, porque é isso que me satisfaz.

Meu querer e meu prazer criaram minha verdade inventada, de um você perfeito pra mim.

Mas o que será que quer o seu desejo? Nesse caso a dois, meu prazer não sobrevive em paralelo ao seu. Será que suas mentiras são como as minhas e seu prazer também inventado? Meu final feliz talvez não importe tanto pra você, como seu próprio final feliz.

Se nenhum de nós existir também não importa nas invenções que me satisfazem.


Bjinhos!

domingo, setembro 30, 2007

Exceção



Aquela fosforescência, uma luz que sempre procurei. Me distancio daquele vazio que era só meu, pra encontrar as exceções dos meus dias.
Todos os meus sonhos e idéias indiscutíveis, nada pode mudar. Mas naquilo que me transformo quando estou perto de você, encontro minhas exceções, transformando meus sonhos eternos, em um novo sonho, sonhado junto com você.
Um novo mundo se projeta em meu caminho. Como é melhor viajar junto que sozinha. Vejo que até perder junto é melhor que vencer sozinha.
Poder me prender a você nos pesadelos que agitam minha madrugada, me faz lembrar porque deixei a exceção de ter você me dominar naquele dia distante, a exceção que leva a ilusão, mas deixa quente o coração.

Bjinhos!

quarta-feira, setembro 26, 2007

Esse não tem título :p



Nas nuvens que seguem meus passos imagino os seus. Porque nunca tenho você ao meu alcance?
Em todos os meus dias, imagino os seus, na minha vida, estou sempre pensando na sua. Meu sorriso tentando encontrar o seu. Mas quando minha felicidade realmente encontrará a sua? Sou completa mas porque sinto que preciso de você?
Posso nunca me sentir inteira, mas realmente o sou, quero sua vida pra trazer mais paz a minha, você nunca me fará completa. Estamos sempre buscando uma perfeição inexistente, porque viver uma vida irreal?
Estarei sempre buscando quem me faça inteira, sem nem mesmo notar que já sou. É impossível ver a "perfeição" que nasceu e morrerá em nós. Viveremos sempre buscando mais, talvez seja uma forma de dar sentido ao nosso viver, sempre e sempre buscando algo que não existe.

Bjinhos!

domingo, setembro 23, 2007

Time :p



Presa como unha a carne. Não consigo separar você de mim. Na escuridão em que mergulho quando fecho meus olhos, vejo o dourado que sempre me fascinou. Até aquele perfume volta pra me ferir.
Não te toco, nem mesmo nos sonhos. Mas na realidade espero aquele beijo que não existiu, aquele toque que não aconteceu, aquelas palavras que não disse.
Oh.. aquele tempo que escapou de mim, quando podia ter te dito tanto e no entanto, calei-me. Diante do tempo que não volta e das palavras que deixei de dizer, tudo continua no seu lugar e eu esperando o tempo me permitir um novo tempo.

Bjinhos!

sábado, setembro 22, 2007

O fim...




Esses monstros em minha noite sombria a me atormentar. Me sinto muitas, mas sou apenas uma, a cada instante menos completa.
As vezes me perco, e me acho em meio a imensidão dos meus pesadelos de fantasmas embaixo da cama, pra me descobrir de novo em meio a um turbilhão infinito de incertezas alucinantes.
Quero dormir esperando a morte que acalma e repousa os monstros da minha tormenta, abafando os gritos que saem de dentro de mim, gritos que se calam com a espera aflita da morte, incontestável.

Bjinhos!

quarta-feira, setembro 19, 2007

... ღ


Os versos que te fiz

Florbela Espanca

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que a minha boca tem pra te dizer!

São talhados em mármore de Paros

Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,

São como sedas pálidas a arder...

Deixa dizer-te os lindos versos raros

Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...

Que a boca da mulher é sempre linda

Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...

E nesse beijo, Amor, que eu te não dei

Guardo os versos mais lindos que te fiz!


domingo, setembro 16, 2007

Solidão



Quantas impossibilidades e de repente, solidão.
Tantas pessoas ao meu redor e de repente, solidão.Por mais que eu tente, há sempre uma certa solidão em mim. Uma solidão coberta de vozes e pessoas, uma solidão só minha. Me vejo no alto de um prédio, pronta para pular, mas... eu não posso voar, só posso cair e cair do alto, sem ter em quem me segurar.
Tenho o mundo a me cercar, mas não tenho você, a única pessoa capaz de me fazer levitar, me tirar do alto e do inferno da minha solidão. Porque sem você é o vazio da minha existência que me faz seguir!

Bjinhos!

quarta-feira, setembro 12, 2007

Silêncio



Em um universo com olhos de todos os lados não ouço nada. Por mais que tente, nem um movimento. Não há nada mais terrível que a voz que não se ouve, o telefone que não toca, a briga que não vem. Quando tudo que você espera é algo para quebrar o silêncio da espera. A espera pelo som que não mais se sente, nem vibra, a espera pelos passos que nunca mais voltarão a sua porta. Uma porta trancada, que nunca mais terá a luz da felicidade, que um dia seus passos trouxeram, e sua voz que um dia transformou meu silêncio em música, hoje deixou ecos nas sombras da minha alma, clamando pela voz que a estremece. Porque não há nada pior, que o silêncio pela dor de uma ausência!

Bjinhos!

domingo, setembro 09, 2007

Sentimentos



Sombrio como o mais escuro dos túneis, um coração negro e marcado pela frase "eu amo você". Assombrado pela crédula idéia de felicidade inexistente, na fria e vã esperança da verdade dos sentimentos que um dia se entregou e que transformou a sua alma em veneno mortal. Uma alma que fere como foi ferida.


Esses passos que deixam sangue no caminho, o sangue de um coração que acreditou e foi coberto pelas sombras da mentira, escureceu e sangrou. Com a alma em pedaços, conheceu e destruiu as ilusões, envenenou o corpo e transformou tudo em areia que voa com o vento. Por uma simples palavra que de mentira se faz sonho "amor", de uma pessoa que se faz medo "amor"! Fim das ilusões de uma vida "amor" sem verdade.

Bjinhos!

quarta-feira, setembro 05, 2007

Viver...



No carro olhando a estrada
O mundo girando e
O tempo correndo, sempre...
Sem parar, trazendo um destino
Fazendo uma história, uma vida
Para cada ser...
Nossas espectativas, nossos sonhos
Que podem ou não se realizar
Uma loucura, uma procura
Algo mais certo é o incerto
O concreto, mas nos remete
A um ideal, ao objetivo
Que se originou do início, meio e no fim
Nos traz a resposta do que buscamos
A vida inteira,
E quando
Chegamos ao fim, o fim de tudo
Percebemos que nossa vida
Foi um erro, que passamos
Todos os nossos dias, buscando algo
Que não se realizou e... o objetivo...
Aquele de uma vida inteira...
Foi esse que acabou sem começar...
E talvez se essa vida tivesse
Começado sem qualquer objetivo
Ela teria sido bem mais feliz
Porque um objetivo, nem sempre
Nos traz realizações, um objetivo...
... É só um objetivo, e uma
Vida... ah uma vida, tem que
Ser vivida absolutamente
E as realizações são detalhes
Da realização de se viver!

(16/07/04)

domingo, setembro 02, 2007

In delirium




Tomei ontem anestesias
Para não dormir a noite
De súbto fiquei tonto e
Incompleto.

Minha conciência era plana
E em nada eu pensava
Mas havia um dragão em meu quarto.

Eu delirava
em busca da minha própria tolice.
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Vi o batman tomando chá
Anjos neons e deuses
E eles me mostraram um apocalipse
de três segundos.



marcelo mazzo